Páginas

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Cadê a Maduh?!

[ 
Como fazemos todas as manhãs aqui em Bali, Mary e eu chegamos cedinho à praia de Batubelig, que fica a uns dez minutos de carro da nossa casa. Mal passava das seis horas quando a Mary abriu a porta traseira do nosso Geely pra tirar a Maduh do carro. Ouvi a voz da Mary quase em pânico —cadê a Maduh?! Cadê a Maduh?! Num rasgo de desespero, a Mary chegou a procurar nossa cadelinha de pouco mais de cinco meses até debaixo dos assentos do carro.  Seria cômico se não fosse uma tragédia pra nós dois. Olhei pra trás e também não vi a cadela —chamei minha mulher imediatamente de volta ao carro. O coração aos pulos, saímos em disparada.
Mary Saldanha
1 Maduh toma Sol depois da queda

Vamos voltar pra procurá-la. Demos partida no carro e voltamos imediatamente pelo mesmo caminho. Mal percorremos uns duzentos metros pela rua de terra e dois homens encostados em frente ao muro do hotel que fica na vizinhança nos fizeram parar. Sua cadelinha está aqui, eles gritaram. Descemos e vimos a Maduh escondida atrás do muro baixo, a carinha muito assustada. Quieta e desconcertada como cachorro caído da mudanca —literalmente.

Luca Maribondo
2 Mary passeia com Maduh na praia
Mary pegou-a no colo e a levou de volta ao carro. Ela conseguira abrir a janela da porta traseira com a pata e debruçou-se, escorregou e caiu do carro e conseguiu correr para trás do muro, sem que a gente sequer percebesse a movimentação toda. No banco do carro fizemos um checape rápido nela. Não havia sequer um arranhão ou machucadura em seu corpinho de bebê. Maduh é um animalzinho muito forte... E, diante das circunstâncias, muito sortudo.

Foto 1 Mary Saldanha
Foto 2 Luca Maribondo



quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

_Taxis de Bali

[
Em Bali, os táxis são um caso à parte, pois são muitas as histórias de trampolinagens dos taxistas balineses. Vamos começar pela chegada, já na saída do aeroporto.

Assim que a gente passa pela imigração e , em seguida, costumes e carregadores de bagagem sacanas, precisará de um táxi, a menos que seja um sortudo que tem alguém esperando na chegada. O táxi é a única opção, especialmente se chegar em um vôo que aterra muito cedo.

Ao sair do aeroporto, de cara o chegante é confrontado por taxistas que querem levá-lo. Tem de perguntar a eles o quanto e continuar andando e falando pra passar por eles. Desta forma, vai ter um "valor aproximado" do custo da viagem... Só aí é bom escolher o táxi que deseja...

Se o turista dá moleza, os táxis aqui vão tentar levá-lo para o alojamento que "recomendam" como o melhor. Mas isso acontece porque eles sempre recebem comissão de hotéis e hospedarias.

O melhor é, sempre que abordar ou for abordado por um táxi —e isso em qualquer lugar— primeiro perguntar ao motorista se ele pode levar para um determinado destino .E pergunte se o carro tem taxímetro. Todos os taxis têm, mas os seus motoristas costumam se esquecer disso. E sempre lembrar-se de não deixá-los tocar na bagagem até que seu negócio esteja feito. Seja muito firme sobre o custo e explicar que isso é tudo o que você vai pagar.

Seja firme. Não há taxas de excesso de bagagem, impostos de circulação ou portagens. Anote o valor num papel e o mostre ao motorista o que foi acordado para que não haja mal-entendido com o idioma. Só após isso ter sido firmemente estabelecido entrar no táxi —nunca antes.


E sempre que andar de táxi, estabeleça antes o valor ou exija o uso do taxímetro. Sempre tenha dinheiro trocado, pois os motoristas nunca têm troco —uma forma de exigir uma gorjeta. As viagens de táxi não são caras, mas é preciso tomar cuidado com muitos motoristas. Nem todos são desonestos, mas sempre tem alguém procurando enganar os incautos.


Luca Maribondo
Umalas | Bali | Indonésia
30/jan./2014

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Motos, muitas e muitas...

O Luca foi comedido nas imagens na postagem sob o título Motos de Bali. Na verdade é um desproposito, são milhares e milhares de motos transitando todos os dias.


sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

_As motos de Bali

[
Uma das coisas que impressionam quando se chega à ilha de Bali, Indonésia, uma das principais atrações turísticas do mundo, é o trânsito. Nada mais caótico que a circulação em Denpasar, a capital, e nos bairros e vilas do entorno, inclusive em Seminyak, onde trabalho, e Umalas, onde moro. O mais marcante é que o transporte coletivo praticamente inexiste. As principais formas de transporte público em Denpasar e redondezas são os ônibus, micro-ônibus e os bemos. E, por incrível que possa parecer, as pequenas motos ou scooters. Mas não há um transporte público.

É por isso que os meios coletivos funcionam em rotas pouco definidas dentro ou entre as cidades. Mas se não há transporte coletivo, ter seu próprio transporte pode ser arranjado facilmente: há bemos, carros, motos e bicicletas para alugar em todos os cantos. Ônibus de turismo, que correm entre grandes centros turísticos são mais caros do que o transporte público, mas são definitivamente mais confortáveis e práticos, principalmente por causa do ar condicionado, imprescindível em Bali.
 
Uma explicação a respeito dos bemos, nome que se dá a qualquer veículo que é utilizado como meio de transporte público, que é normalmente uma perua (mais modernamente uma van) com uma fila de assentos baixos de cada lado. É uma das maneiras práticas de conhecer os locais, mesmo que sejam quentes, empoeirados e com cheiro da fumaça do motor movido a Diesel.

É fácil alugar um bemo ou minivan em Bali e é uma razoável maneira de viajar para qualquer lugar com um grupo ou família. Não há nenhuma preocupação em ter uma licença ou seguro, o motorista pode até ser um profissional (quase nunca é...), especialmente em Denpasar ou cidades maiores, onde falam Inglês e você não precisa se preocupar com o trânsito horrível.
Mas as motocicletas são o que mais impressiona no trânsito balinês. Conhecidas como skuter ou sepeda motor, elas são uma massa amorfa dentro do trânsito caótico de Denpasar. Elas e seus pilotos estão em toda parte, nas avenidas e ruas (as jalans), nas calçadas, nas vielas, nas servidões que formam intrincados labirintos em praticamente todas as quadras. São corredores que muitas vezes não ultrapassam um metro de largura.
São essas motos o meio mais popular de transporte de Bali. A principal vantagem de viajar em uma moto é a flexibilidade enorme. É fácil parar onde quiser e recomeçar sua jornada sempre que você escolher. A maioria não tem motor com mais de 200 mililitros (200ml) de capacidade e são extremamente econômicas —pode-se encontrar vendedores de petrol em garrafas de vodka Absolut em cada esquina.

Todo mundo tem uma skuter em Bali, mesmo os mais ricos. É possível alugar uma delas em qualquer lugar da cidade: tem um estabelecimento de locação desses veículos em cada quadra. O custo de contratação de uma motocicleta é negociável em Bali e varia de acordo com a condição da máquina, tempo de aluguel e época do ano. Compra de seguro é uma boa ideia para evitar ser responsável por danos, mas é bom não se esquecer de testar o veículo para verificar que tudo está em boas condições de funcionamento.

Nos meus mais de 280 (desde dezembro de 2012) em Bali, ainda não vi um acidente de moto na cidade. E olha que os condutores são extremamente abusados e não têm o menor medo dos carros. Eles entram em qualquer lugar, andam em qualquer via, inclusive calçadas, e param em todos os lugares (e sem qualquer proteção contra roubo —estacionam, desligam e pronto!).


Mas parece haver uma cortesia não acordada, que faz com que todos, pedestres, motoqueiros e motoristas, se respeitem no trânsito apocalíptico, atropelado e desarranjado. Praticamente não se vê acidentes e quase não existem carros com sinais de batidas. Se não há transporte coletivo, o transporte exclusivamente individual é predominante. E as onipresentes motos são os astros principais do universo do trânsito balinês.
Luca Maribondo
Umalas | Bali
11/jan./2014

_Delícias da vida selvagem

[
Um dos nossos lagartos
Morando em Bali, na Indonésia, estamos tendo que aprender a conviver com os animais locais. E até estamos nos divertindo com eles. Não faz muito tempo surpreendemos uma perereca num dos quartos da casa e a Mary a fotografou. Como aqui não é hábito manter-se as casas fechadas, os anuros, lagartos e outros animais entram e saem à vontade.




A perereca que a Mary fotografou
Nossa amiga Delurma Smaniotto disse, no Facebook, depois de ver a foto que "adoro essas lindas... Há muito tempo, uma viveu dentro do meu carro por um longo tempo; de 'quebra' aprendi a caçar insetos e colocar pra ela... Um dia foi embora, faceira, deixando pra trás um causo".

Charlie, o morcego, tomando Sol
A Mary e estamos perdendo o asco que tinhamos por certos animais. Aqui convivemos com rãs, sapos, pererecas, lagartos e lagartixas.

Conhecemos até o Charlie, o maior morcego que já vimos. Foi num hotel em Ubud, cidade cultural não muito longe daqui de onde moramos. Charlie tem uma particularidade: ele vive pendurado em um galho próximo da cozinha do desjejum do hotel duante o dia. Fica se exibindo pras pessoas e até posa pras câmeras em plena luz do sol, o que é rato quirópteros, que são noturnos.


Os bichos se tornaram nossos pets.

Luca Maribondo
Umalas | Bali
11/jan./2014